Ninguém chega soltando peido na frente da garota que acabou de conhecer. Nem pensar! Camarada segura a noite inteira. Não sai nem pela orelha. Mas depois de deixá-la em casa, vixi... Solta verdadeiros mísseis dentro do carro. Um atrás do outro.
Após algum tempo de namoro, porém, soltar pum é uma coisa normal. Inclusive barulhento. E mesmo um fedido (sem exageros, sem exageros...). Alguns namorados chegam a preparar emboscadas, fazendo com que a mocinha ouça e sinta o traque por completo.
Mas como se chega a esse ponto aparentemente lamentável?
Não se sabe. Foi aquele primeiro que escapou? Foi depois de não agüentar mais segurar? Foi naquela viagem em que o banheiro era muito próximo do quarto? Cada caso é um caso. Mas, com o tempo, inevitavelmente, o peido passa a fazer parte da rotina.
E é exatamente nesse momento que o casal goza da mais pura intimidade. Antes disso, é tudo encenação. Antes do peido, a relação ainda é um teatrinho. Depois do pum liberado, todos passam a se ver como meros humanos, e as coisas ganham um sentido mais elevado.
Mas não pensem que o segredo é chegar mandando brasa. Nada disso. Não adianta precipitar. A "aceitação peidal" é algo que ocorre naturalmente e serve apenas para medir o grau de intimidade, não é a única causa determinante.
Isso porque o peido não vem sozinho. Ele é apenas a última barreira. Quando deixa de ser um tabu, é porque todo o resto já foi conquistado. Faltava somente isso. É a última base.
Quando se chega ao ponto em que soltar bons peidos, além de ser algo simplesmente 'permitido', é também motivo de orgulho, é porque a intimidade chegou à sua plenitude. Já se pode falar abertamente em caganeira, já se fala em chulé, bafo etc, toda a escatologia básica já faz parte do convívio.
Finalmente, ambos se vêem como humanos.
Por isso, leitoras, quando seu namorado soltar aquela bomba, não o recrimine. Segure as pontas, abra as janelas, coloque a gola da camiseta sobre o nariz, mas entenda que aquele peido significa muito mais do que gases intestinais. É a prova de que a intimidade é plena.
Claro que tudo nessa vida tem limite. Não é preciso soltar aquela mistura gasosa de ovo podre com defunto ralado, com o agravante do barulhinho pra lá de constrangedor.
Importante: embora o peido (dentro dos limites humanamente aceitáveis de fedor) seja totalmente normal dentro de um relacionamento, não há grau de intimidade que tolere uma de suas mais tétricas variações: o "peido caldinho" (aquele que não é feito somente de gás). Caso solte um desses, corra para o banheiro e JAMAIS confesse a façanha.
fonte: http://levementeapimentado.blogspot.com/2011/01/peido-prova-incontestavel-da-verdadeira.html
fonte: http://levementeapimentado.blogspot.com/2011/01/peido-prova-incontestavel-da-verdadeira.html
Um comentário:
Esi, simplesmente hilariante!
Eu nunca havia sequer pensado em escrever algo que fosse intitulado de - como se fazem nos extensíssimos títulos das teses acadêmicas -: "PEQUENA DIGRESSÃO SOBRE O PERFIL PSICOLÓGICO DO FLATO CONTIDO EM FACE DA ENRUBESCÊNCIA DO SEU AUTOR E DA ARTE QUANTO À SUA DISSIMULAÇÃO NO INSTANTE DA CRIAÇÃO.”
Aliás, coragem desse tipo me faltaria.
Parabéns ao autor (do texto, não do peido...).
Adorei!!!
Bjs
ZR
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