02 outubro 2008

PORQUE SOU CONTRA A REELEIÇÃO.

Sou contra toda e, qualquer tipo de reeleição.
Nunca ninguém me mostrou um nome que tenha feito um governo melhor em um segundo mandato. Ao contrário. Todos os segundos mandatos que tive conhecimento foram desastrosos, recheados de irregularidades e menosprezo pela coisa pública.
E não sou contra apenas a reeleição ao executivo, sou contra a reeleição ao legislativo, também. Essa história que o legislativo é diferente do executivo é pura balela, história para boi dormir.
Em minha opinião, reeleição é sinônimo de “curral político”.
Façam uma pesquisa para mostrar quantos brasileiros se recordam em quem votaram, em ocupar um espaço no legislativo. Garanto que não chegam aos 25%. Muitos nem sabem porque votaram, quanto mais em quem votaram.
A possibilidade de se eternizar no poder às custas da democracia é um de seus efeitos colaterais mais danosos à política. Usa-se a democracia como subterfúgio para se viver às custas dos demais cidadãos. Vejam o exemplo da Venezuela.
O bom mesmo seria a alternância no poder. Quatro anos uns, quatro anos outros e a democracia seria melhor aplicada. Se um cidadão fez um bom governo, após quatro anos seria eleito novamente. A alternância no poder é a forma mais salutar de se preservar a democracia, evitando-se os abusos já tão conhecidos de todos nós.
Assim se um eleito faz um bom governo, um governo limpo e justo para com a população, com certeza não terá problemas para eleger seu sucessor e voltar quatro anos depois.
Sou a favor da continuidade, mas contra a reeleição.
Façamos um cálculo simples.
Qual o salário de um prefeito, por exemplo? 10 mil? 12 mil?
Se multiplicarmos esses 12 mil por 48, teremos quanto? Fez as contas?
Teremos 576 mil.
Os números do TRE – SP para as eleições da Capital, por exemplo, são assustadores. Variam de 500 mil à 30 milhões.
Então, o que justifica uma pessoa gastar mais que esse valor em uma campanha eleitoral? O amor à cidade? Ao Estado? Ao País?
Me poupem!
Só existem duas coisas capazes de explicarem tal aspiração e tal gasto: Poder e recuperação do investimento na campanha, com juros e correção.
Podem chamar de investimento na carreira política. Outros dirão que foram doações de campanha. Mas que vai haver um favorzinho para uns e outros colaboradores, alguém têm dúvidas?
Não cola, nem com “tenaz”, muito menos com “super bonder” (olha o cachê).
Se assim não é, como então explicar que certas pessoas, entrem na vida política sem ter onde amarrar o burro e, em pouquíssimo tempo, amarrem o burro onde quiserem?
Sou contra a reeleição, preciso explicar mais?

Acreditem em mim, REELEIÇÃO FAZ MAL A SAÚDE!

fonte: takeyuti

Nenhum comentário: