A infertilidade , só é assim denominada pela dificuldade de engravidar após 12 meses de tentativas, sem uso de nenhum método contraceptivo. Mas para quem vivencia esse problema, a infertilidade é muito mais o simples fato de não conseguir gerar um filho com a pessoa que se ama é frustrante a cada menstruação que se confirma.
Lembrando que a sociedade estipula uma série de etapas a serem cumpridas pelas pessoas: se você não namora, precisa “arranjar” alguém; se já namora, precisa casar; e, se já casou, precisa ter filhos, e quando isso não acontece vêem as cobranças.
É bastante comum perceber, com toda essa problemática, que as mulheres com dificuldade de gravidez começam a se fechar num mundo muito solitário e frio. Deixam de sair com receio dos comentários alheios, sentem-se inferiorizadas frente às demais mulheres, pouco dividem com seus companheiros sentimentos e pensamentos com medo da rejeição do parceiro e, em alguns casos, abandonam seus empregos para dedicarem-se exclusivamente ao tratamento para engravidarem, que por sinal é muido "dolorido".
As mulheres acabam por levarem a infertilidade para outros espaços de sua vida, uma vez que a situação e os fatores a ela envolvidos são frustrantes e angustiantes, gerando, principalmente, sentimentos de impotência.
É necessário que essas mulheres passem a “adubar” e “preparar a terra”, expandindo seus horizontes para além da gravidez. Claro que para situações delicadas e singulares como essa, não existem receitas prontas (para alguma dificuldade na vida existe?); mas, a busca por essa expansão trará um sentimento de eficiência e de auto-valorização, enquanto a gravidez não vem.
Texto baseado em: http://claudiacollucci.blog.uol.com.br/ - artigo escrito pela Psicóloga Luciana Leis.
11 maio 2007
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